sexta-feira, 18 de março de 2011

Uma novela “redondamente”!

Bom, como eu disse no post anterior, este [novo] blog foi criado por conta da minha necessidade de escrever, de expor pensamentos, sentimentos, ideias. E hoje eu gostaria de dedicar esta postagem a algo que “agendou” a minha vida nos últimos nove meses: a novela Ti Ti Ti, escrita por Maria Adelaide Amaral e exibida pela Rede Globo.

“Ah, credo! Não acredito que essa menina vai falar sobre novela. É uma fútil, idiota e infantil mesmo! Aff!”.

Sim, eu sei que muitos devem ter dito, ou pelo menos pensado, isso quando leram o primeiro parágrafo. Não discordarei. Prefiro evitar a fadiga. Digo “muitos” por costume mesmo, porque sei que só eu leio esse bagulho chamado Traduzir-se. E leio porque é meu e eu que fiz. Caso contrário...

Mas, voltemos então ao assunto principal do post. Ti Ti Ti, escrita originalmente por Cassiano Gabus Mendes e exibida em 1985, não foi, para mim, simplesmente uma... novela. Não como as muitas a que pude assistir durante esses meus 22 anos de vida. Muitas, inclusive, inesquecíveis! Essa nova versão de Ti Ti Ti – que foi, na verdade, uma mistura de outras novelas do Cassiano, como Plumas e Paetês – trouxe, pela primeira vez, a demonstração dos benefícios e malefícios da [nova] inovação tecnológica a qual vivenciamos. Para exemplificar, temos o blog da ousada Beatrice M.: uma menina de 11 anos que se utilizou desse pseudônimo para alfinetar o mundo da moda, com críticas avassaladoras. E assim como Beatrice M., existem tantas e tantas e tantas outras por aí, com características bem parecidas.

Uma novela pop, com personagens caricatos, reinventados e construídos de forma brilhante, interpretados por atores que, pelo menos a maioria, perceptivelmente se envolveu com a proposta da novela e fez o melhor que poderia. Resultado: os pontos de audiência foram equiparados aos da trama das 8. Isso, para uma novela das 7, é bastante incomum.

Mas, com certeza, a maior contribuição e mérito da autora, foi com a história dos personagens Julinho (André Arteche) e Thales (Armando Babaiof). Mérito por trazer um tema tão complicado e polêmico de uma maneira leve, suave, atraindo um público que, até então, fazia cara feia ao ver o homossexualismo em pauta na TV aberta brasileira, com seus preconceitos, moralismos e pudores. O romance entre os dois foi a plena manifestação de que Amor não tem sexo nem idade, que é lindo por si só – desde que não prejudique a ninguém. Se esses personagens não tivessem feito sucesso diante do público, teriam sumido ao longo da narrativa, submetidos a pequenas aparições sem muitos detalhes, como tantas vezes já aconteceu em novelas brasileiras. Mas, contrariando o previsto, os personagens cresceram, tornaram-se quase protagonistas de uma linda trama. E acredito, fortemente, que a experiência de ver um público torcer pelo amor entre gays foi de enorme contribuição para os novos tempos, para a nova realidade que se apresenta nas telinhas.

E por último, gostaria de deixar registrada a imensa falta que Ti Ti Ti vai fazer na minha vida. Porque o horário da novela era um dos poucos em que eu podia ver minha família toda reunida, na sala, comentando e se divertindo com os personagens. Nos apertávamos no sofá, felizes e com enormes expectativas a cada cena transmitida. Organizávamos torcidas aos casais e nos misturávamos a eles de uma forma tão engraçada quanto inesquecível.

Obrigada, Maria Adelaide Amaral, por proporcionar uma novela que realmente divertiu e valeu a pena ver, de novo!

quarta-feira, 9 de março de 2011

Artigo 1°

Já perdi a conta de quantas vezes criei um blog. Para mim, todos inúteis e, portanto, todos deletados. Por mais contraditório que pareça, eu não gosto de blogs, não leio blogs. Não com a mesma frequência de amigos e conhecidos do ramo da Comunicação. Leio quando, raramente, tenho paciência, quando o blog pertence a alguém que eu conheça e goste, quando alguma postagem é relevante para a minha existência, ou tudo isso junto de uma vez só!

Ainda não consegui descobrir qual o meu problema com essa ferramenta “internáutica”. Mas isso não vem ao caso. A verdade é que: crio e “descrio” blogs pela minha imensa necessidade de escrever. Acontece que jornalistas não escrevem. Publicam! E para “publicar” textos avulsos, sem sentido, que saem da minha cabeça-nada-normal, tenho que recorrer à internet e ao blog. E este aqui, o “Traduzir-se”, eu realmente gostaria de manter, por pelo menos mais tempo que os outros. Não é por nada em especial, não. É só porque eu preciso extrair da minha mente as milhares de ideias que surgem, e se perdem quase que na mesma velocidade da luz.

O nome “Traduzir-se” é título de uma música do Fagner, escrita por Ferreira Gullar – corrijam-me se eu estiver errada. Gosto da música e do Fagner (oh!), mas escolhi esse nome para o blog apenas e tão somente por significar a verdadeira pretensão deste novo espaço: traduzir ideias e pensamentos perdidos, misturados e contidos nesta pessoa que humildemente escreve palavras que, provavelmente, ninguém vai ler. Até porque, eu mesma gostaria de evitar tal fadiga.

PS: mesmo com tanto uso, nunca aprendi, de forma satisfatória, a usar esta ferramenta. Sendo assim, peço desculpas, antecipadamente, por qualquer erro cometido.